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Assinatura de termo garante R$ 1,3 milhão para reforma do sítio histórico do Queimado

Foto: Divulgação/PMS
Foto: Divulgação/PMS

A prefeitura da Serra vai restaurar o sítio histórico do Queimado. Nesta quinta-feira (20), será assinado um Termo de Acordo de Cooperação Técnica e Financeira entre o município da Serra e o Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), para a execução da obra de restauração das ruínas da Igreja São José do Queimado, no valor de, aproximadamente, R$ 1,3 milhão.

De acordo com a PMS, para garantir a preservação da identidade do patrimônio histórico e cultural, nada será retirado nem construído no local. “Serão feitos ajustes na estrutura, para garantir a sustentação da igreja, permitindo que as pessoas visitem as ruínas em segurança.

Queremos que as pessoas sejam orientadas por guias turísticos e conheçam a história do Queimado”, explicou o titular da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setur), Alessandre Motta. O secretário ainda acrescenta a importância de conservar a memória do local. “Queimado conta a história dos primórdios da Serra e deve ser preservado ”, completou.

Antes de ser autorizado o início da restauração, foram realizadas atividades de prospecção arqueológica em um raio de 700 metros em torno do que restou do templo. Entre abril e maio deste ano, especialistas em arqueologia trabalharam com o objetivo de encontrar artefatos da época dos escravos na área, como vasos e quadros, mediante autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que foram enviados ao Museu Histórico da Serra para restauração. O terreno do sítio histórico, que antes era particular, foi doado para a prefeitura da Serra em 2015.

A secretária de Direitos Humanos e Cidadania da Serra, Lourência Riani, destacou a importância da restauração “Esse projeto é um sonho de movimento negro e um compromisso da gestão municipal com o resgate histórico da cidade”, disse. Por isso, a equipe de governo está empenhada em tocar o projeto, segundo o coordenador de governo, Jolhiomar Massariol. “A restauração é um sonho antigo da sociedade serrana. A equipe de governo está empenhada em contribuir com os trabalhos para que a obra de restauração saia o mais rápido possível”.

Saiba mais sobre Queimado

Localizado a cerca de 25 quilômetros da capital do Estado, Vitória, o sítio histórico do Queimado foi palco do principal movimento contra a escravidão no Espírito Santo: a Insurreição do Queimado.

Em 19 de março de 1849, escravos da localidade de São José do Queimado, hoje distrito de Queimado, se revoltaram por causa de uma promessa do frei italiano Gregório José Maria de Bene. Se os escravos construíssem a igreja de São José, teriam alforria, mas isso não aconteceu.

Mais de 300 homens, mulheres e até crianças participaram desta rebelião capitaneada por Chico Prego, João da Viúva, Elisiário e muitos outros líderes que articularam seu povo para tomar a liberdade com as próprias mãos.

A insurreição foi um movimento tão forte que para contê-la foram necessárias forças vindas do estado do Rio de Janeiro, além das capixabas.

Os rebelados foram presos e julgados, cinco deles condenados à morte. Um dos líderes da Revolta, Elisiário, escapou da cadeia e refugiou-se nas matas do Morro do Mestre Álvaro e nunca mais foi recapturado. Chico Prego foi capturado e enforcado, em 11 de janeiro de 1850. Hoje, ele nomeia a Lei de Incentivo Cultural do Município.

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