Dólar Em baixa
5,016
29 de março de 2024
sexta-feira, 29 de março de 2024

Vitória
29ºC

Dólar Em baixa
5,016

Assaltos a ônibus na Grande Vitória podem chegar a 90 por mês, diz Sindirodoviários

Por Esthefany Mesquita

policia no transcol1

O número de assaltos a coletivos na Grande Vitória, segundo o Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), pode chegar a 90 por mês, uma média de três por dia. A insegurança assusta cada vez mais os rodoviários e quem depende do transporte púbico.

O presidente do Sindicato Edson Bastos informou que na Grande Vitória circulam cerca de 900 carros por dia do sistema Transcol e municipal. “Se pensar na quantidade de ônibus que circulam o número não está tão alarmante, já foi pior há alguns anos. Porém, a agressividade nas abordagens aumentou, isso é o que mais causa medo”, disse.  A orientação para o trabalhador e para o usuário é não reagir. Comentou ainda que são feitas reuniões mensais com equipes das polícias Militar e Civil.

Para Bastos, os assaltos acontecem porque existem pessoas que compram aparelhos roubados. “Se as pessoas não comprassem não teria para quem repassar. Esse deve ser o grande motivo dos crimes nos ônibus”.

O motorista de ônibus Paulo Henrique Ferreira Couto, 46 anos, contou que já foi assaltado nove vezes enquanto trabalhava. “Saio de casa para trabalhar com medo. A cada ponto que paro não sei quem vai entrar, é desesperador”, disse. “Passei por psicólogos oferecidos pela empresa. Eles são agressivos com gestos e palavras, nenhuma das vezes encostaram em mim, mas as ameaças me abalaram muito”, completou.

 Ferreira que trabalha como motorista há 17 anos, destacou que deseja sair da profissão, mas a necessidade de trabalhar é maior que o medo. “Preciso cuidar da casa, tenho meus compromissos, mas a cada dia está mais difícil se manter na profissão”, desabafou.

Não só rodoviários que sofrem, mas também passageiros. “Fui assaltado duas vezes dentro do ônibus, é muito ruim a sensação. Não temos outro sentimento a não ser medo. Ficar a mercê de uma arma por conta de um telefone e relógio é horrível”, contou o auxiliar administrativo, Raphael Andrade, 25 anos.

A técnica de suporte Sara Rodrigues, 26 anos, é mais uma vítima. “Fui assaltada na linha 504, por volta de 18h40. Eu voltava de um chá de bebê e acabei adormecendo no ônibus. Acordei com os gritos dos rapazes que faziam o roubo, eram quatro ou cinco. O menino que pegou meu celular parecia assustado e recebia ordens de outro rapaz. Eles pediram para o motorista não piscar o farol como sinal de que algo estava errado. Disseram que não machucaria ninguém, mas gritavam muito. Parecia um pesadelo!”, contou.

“Eu não sofri assalto mais já presenciei. O susto foi na Praia do Canto. Um homem entrou e pulou a roleta. Alguns pontos depois ele deu sinal para descer do coletivo, foi neste momento que ele pediu o celular de três estudantes que não queriam entregar os aparelhos. Então mostrou a arma. Ficamos todos muito nervosos. Foi uma experiência horrível!”, disse a pedagoga Lorrayne Souto Rangel, 24 anos.

Em nota a Delegacia de Crimes Contra o Transporte de Passageiros e Cargas (DCCTPC), unidade especializada que investiga crimes desta natureza, informou que as equipes trabalham para identificar pessoas envolvidas em assaltos a ônibus.  Quem tiver informações que levem a suspeitos pode ligar para o Disque-Denúncia 181.

 

 

Você por dentro

Receba nossas últimas notícias em primeira mão.

Escolha onde deseja receber nossas notícias em primeira mão e fique por dentro de tudo que está acontecendo!

Comentários

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Mais Lidas

Notícias Relacionadas