Após fazer um vídeo denunciando uma negativa de atendimento ao pai com câncer, a pedagoga Ângela Rudio parece ter obtido soluções para o caso. O exame pré-operatório, que estava marcado para o dia 23 de fevereiro, foi adiantado e será feito na próxima sexta-feira (26). Entretanto, não foi garantida se a biópsia também será realizada. É ela quem vai determinar qual tipo de tratamento o caminhoneiro Antônio Guidolini, 56, vai precisar fazer.
“Estou aguardando. Sexta vou acompanhá-lo e aguardar o veredito. Fui ao hospital na segunda e eles deram soro e remédio. Nos receberam totalmente diferente, devido ao vídeo. Mas a cabeça dele só parou de doer nesse dia. De segunda para terça voltou, porque o tumor está muito grande”, disse Ângela.
A pedagoga disse que a internação também não aconteceu. O pai dela está na casa de uma familiar, no bairro Ilha das Flores, em Vila Velha. “Sexta estarei em cima de novo para acompanhar. Se não fizerem a biópsia e jogarem mais pra frente, não sei o que vou fazer. Dependo disso. Preciso saber se o tumor é maligno ou benigno, se vai precisar de tratamento e operação. Ele sente muitas dores. Isso é o que me passaram, que farão o que podem”.
Em entrevista ao ESHOJE na última segunda (22), Ângela acusou o Hospital Santa Rita de Cássia, em Vitória, de negar atendimento médico ao pai dela. Antônio Guidolini, 56, é caminhoneiro e tem um câncer na rinofaringe. Ele chegou a ser atendido em consulta no dia 19 de janeiro. Mas, após sentir dores, e retornar ao local no domingo (21), um enfermeiro teria negado soro e remédios ao homem doente.
“O médico colocou uma sonda no nariz dele, que não passou devido a um desvio nasal. Ele marcou a cirurgia para março, para corrigir o nariz e fazer a biópsia para saber se será feita quimioterapia ou radioterapia. O pré-operatório está marcado para o dia 23 de fevereiro. Mas ele não suporta, não come, está magro. Ele vive de doações, recebe INSS e precisa de atendimento urgente”, explicou.
Por nota, o Hospital Santa Rita de Cássia informou que o paciente foi agendado via Central de Regulação da Sesa para consulta de primeira vez no dia 19. “Nesse mesmo dia ele foi atendido, orientado sobre o processo interno do Hospital, mas como o paciente estava com dor o médico assistente prescreveu uma medicação para ser utilizada em domicilio caso a dor persistisse e o paciente retirou na farmácia desta Instituição. A partir desse momento, o médico elaborou o laudo para realização da biópsia, que já foi encaminhado para Secretaria de Saúde do ES para dar sequência ao tratamento”.