Mais da metade da população brasileira ronca. Segundo o Instituto do Sono da Universidade de São Paulo – USP, em média 54% dos adultos no Brasil sofre com o ronco – e a maioria dos roncadores são idosos, mulheres na pós-menopausa e obesos.
Além da idade e do peso elevado, outros fatores podem contribuir com o surgimento do ronco, como a apneia do sono. Esta é uma condição que leva à obstrução parcial ou total e recorrente das vias aéreas enquanto o paciente dorme, causando intervalos de interrupção da respiração.
A apneia pode ser classificada em leve, moderada ou grave, e isso varia conforme a quantidade de paradas na respiração que ocorrem durante o sono. Independentemente do seu nível, essa condição necessita de tratamento, pois a interrupção da respiração pode trazer uma grande quantidade de problemas ao organismo.
Entre os danos que a apneia pode causar estão alterações no sistema nervoso, no metabolismo, e agravamento de doenças como hipertensão, obesidade, cardiopatias, e aumento no risco de acidente vascular cerebral (AVC), infartos e arritmias cardíacas.
O tratamento deve ser iniciado após o correto diagnóstico da apneia, feito por meio de exames específicos como a polissonografia, que detecta o nível da disfunção. Entre as principais medidas tomadas estão a eliminação do consumo de bebidas alcoólicas e do cigarro, suspensão do uso de sedativos, perda de peso, mudança na posição de dormir, além do tratamento fonoaudiológico.
Nos casos em que a apneia é desencadeada por deformações em algum dos ossos da face, a cirurgia ortognática é uma solução indicada. Ela corrige o posicionamento da mandíbula, do queixo, e realinha a estrutura da face, melhorando a respiração e auxiliando no tratamento da apneia.
Boa seca ao acordar, dores de cabeça e sonolência excessiva constante ao longo do dia, mau humor e irritação podem ser sintomas da presença da apneia. Procure um especialista para um diagnóstico adequado e tenha uma melhor qualidade de vida!