Laureen Bessa – [email protected]
No dia 22 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde (MS) publicou no Diário Oficial da União, que das 23 ambulâncias doadas ao Samu do Espírito Santo, em maio do ano passado, 11 deveriam ser devolvidas à união até a próxima semana. O motivo da devolução é a falta de uso, custeio e manutenção dos equipamentos, que seriam utilizados na expansão do atendimento médico de urgência e emergência da Região Sul. Mas teria sido suspenso na gestão passada.De acordo com a nota encaminhada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a expansão do serviço não aconteceu devido a suspensão do uso das ambulâncias na gestão anterior. “Do total de 23 ambulâncias, onze serão devolvidas ao Ministério da Saúde, conforme publicação no Diário Oficial da União, do dia 22 de janeiro de 2015, e doze ficarão no Estado, sendo oito utilizadas na renovação da frota e quatro terão o uso definido no planejamento estratégico do Governo. A programação para retirada das ambulâncias pelo Ministério da Saúde é na próxima semana”.
As ambulâncias ficaram paradas por quase 10 meses no pátio do Hospital Geral e Infantil Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha. Segundo informações os equipamentos devolvidos serão enviados e distribuídos para auxiliar o atendimento médico de urgência e emergência de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A reunião de Planejamento Estratégico do Governo, que deve acontecer em março, deverá discutir se há recursos em caixa, para manter as quatro ambulâncias restantes, caso não tenham meios de custear a manutenção, elas também serão devolvidas ao Ministério da Saúde. A frota atual do Samu em todo o território capixaba é de 39 unidades.
“Todas as obras, serviços e projetos estão sob avaliação da Comissão de Cortes de Gastos, que vai definir as ações a serem adotadas considerando a situação econômico-financeira do Estado”, afirmou a Sesa.
Os veículos são novos e estão preparados para realizar atendimentos de natureza traumática, clínica, pediátrica, cirúrgica, gineco-obstétrica e de saúde mental.
O ex-governador do Estado, Renato Casagrande, rebateu na sua página no Facebook, a acusação de que a suspensão da ampliação dos serviços prestado pelo Samu teria sido feito ainda durante a sua permanência no Governo.
“Esses veículos fariam parte do nosso projeto de expansão do Samu, que beneficiaria mais de 200 mil capixabas no interior, em parceria com os municípios e com o Ministério da Saúde. Durante o nosso governo, instalamos novas bases do Samu em cidades como Afonso Cláudio, Piúma, Santa Teresa, Santa Maria de Jetibá, Itaguaçu, Brejetuba, e deixamos tudo pronto para implantação do serviço em Domingos Martins. Mas o atual governo cancelou as próximas etapas e, assim, o município vai continuar dependendo do atendimento que vem de Marechal Floriano, Viana e Cariacica. É mais um corte de serviços essenciais para fazer caixa e justificar o discurso do caos. E quem paga por isso é a população”, finalizou a publicação.
