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Amamentar previne câncer de mama e traz inúmeros benefícios à saúde da mulher

amamentação-exclusiva_divulgacaoAnualmente é celebrada na primeira semana de agosto a Semana Mundial de Amamentação, período que tem o propósito de promover, proteger e apoiar o aleitamento materno, tão fundamental para o desenvolvimento das crianças. Mas, além dos bebês, a amamentação também é importante para a preservação da saúde da mulher. Dentre os diversos benefícios que o ato traz, um deles é a redução dos riscos do câncer de mama.

Segundo a médica Ingrid Dalvi, mastologista do Centro Capixaba de Oncologia (Cecon), unidade capixaba do Grupo Oncoclínicas, estudos mostram uma redução de cerca de 4,3% no risco relativo para câncer de mama a cada 12 meses de amamentação. Ela destaca que uma das possíveis causas dessa proteção estaria ligada a uma interferência nos ciclos ovulatórios.

“Esse mecanismo ainda não é bem compreendido, mas a lactação é tida como fator de proteção contra os cânceres de mama, ovário e endométrio, e também pode diminuir o risco para diabetes mellitus tipo 2 e ter algum efeito na prevenção de doenças cardiovasculares”, informa a mastologista.

Além de intensificar o vínculo mãe-filho, são inúmeros os benefícios maternos da amamentação. Ela acelera a involução do útero no período pós parto por ação direta da ocitocina (hormônio produzido a partir do estímulo da sucção), diminui os níveis de estresse e ainda ajuda no emagrecimento nesse período.

Graças a mudanças hormonais durante a gravidez e a lactação, os seios se preparam e se modificam para receber a boca do bebê. Eles se tornam mais volumosos e as aréolas e mamilos ficam mais escuros. Há aumento da vascularização e ocorre a proliferação e maturação dos lóbulos mamários, culminando com a produção do leite materno.

Para evitar os problemas que costumam ocorrer nas mamas, Ingrid Dalvi alerta para alguns cuidados que devem ser tomados. O primeiro deles é buscar a pega correta pelo bebê, fundamental para prevenir fissuras e outras lesões dos mamilos. A boca do bebê deve ficar bem aberta e abocanhado praticamente toda a aréola da mamãe. Abocanhar somente o bico pode machucar e o bebê terá dificuldade de retirar o leite.

“Estas lesões, além de trazerem desconforto, servem como porta de entrada de microrganismos (provenientes da própria pele da mãe e boca do bebê) que colonizam e podem infectar os ductos lactíferos”, orienta a mastologista.

Para manter os seios saudáveis, é importante realizar o adequado esvaziamento lácteo a cada mamada, pois isso diminui a incidência de ingurgitamento (mamas empedradas), dor e infecções (mastites e abscessos). Mesmo no caso de uma (mastite) infecção, deve-se manter a lactação para garantir a drenagem láctea adequada, sem maiores riscos para o bebê. A médica do Cecon ressalta que, sempre que houver suspeita de mastite (dor, inchaço, vermelhidão local, febre), é preciso procurar um médico para adequado diagnóstico e tratamento.

Além disso, as mamães devem se manter hidratadas, fazer uma higiene adequada das mamas e usar sutiã confortável e próprio para a amamentação, com alças mais largas, de preferência de algodão. Se as mamas se empedrarem, não é indicado colocar compressas mornas ou frias, pois isso pode até agravar as lesões em alguns casos. O ideal é massagear as áreas empedradas e as mamas como um todo, e proceder a ordenha ou o próprio aleitamento.

Câncer de mama

Ingrid alerta que os cuidados com as mamas devem ser constantes e, para isso, é importante a mulher observar e conhecer a própria mama. “Apesar de menos frequente, é possível ocorrer câncer de mama durante a gravidez e a amamentação. Quando a mulher realiza o autoexame regularmente, ela é capaz de perceber alterações com mais facilidade. Em caso de dúvidas, deve sempre procurar um mastologista para o correto diagnóstico e tratamento adequado”, orienta.

Vale ressaltar que a maioria dos cânceres de mama, porém, são descobertos pela mamografia de rastreamento, ainda impalpáveis. A mamografia é o método de escolha para o rastreamento do câncer de mama na população geral e está indicada anualmente a partir dos 40 anos. O exame não é realizado de rotina durante a gravidez. Porém, havendo suspeita clínica, a mamografia poderá ser indicada.

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