Laureen Bessa – [email protected]
A Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, recebeu na manhã desta quinta-feira (15), a Comissão Especial de Direito do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES). Advogados da área de defesa do consumidor atenderam e orientaram a população sobre as leis que regulamentam os serviços bancários e quais são os direitos dos consumidores neste setor.
O presidente da comissão, Cássio Drumond, explicou que o objetivo dessa ação é conscientizar e informar a população sobre a relação entre bancos e consumidores. “Os bancos assumiram o topo da tabela de reclamações, tanto no Procon, quanto nos juizados especiais. Decidimos trabalhar aqui hoje para orientar o usuário dos serviços bancários. Temos certeza que se o consumidor for consciente ele conseguirá evitar esses problemas”, contou.
Foram entregues 500 cartilhas informativas com perguntas e respostas relativas às dúvidas mais frequentes dos consumidores. Cerca de 40 pessoas receberam atendimento, sem contar com a população que tirava dúvidas no ato do recebimento da cartilha.
“Eu soube pelo jornal que a OAB estaria aqui, eu estava com um problema para receber um cheque sem fundos, fui muito bem atendido, me informaram tudo o que eu precisava para solucionar o meu problema. A consulta foi 100%”, disse o técnico de edificações, Nilson Monteiro.
Segundo a advogada Suellen de Oliveira, a população não tem ciência dos seus direitos, não conhecem as taxas de juros e nem os descontos apurados em extratos bancários. “É complicado quando a população não tem noção dos direitos que possuem. As taxas de juros dos bancos e os descontos nas contas, faz parte dos problemas mais recorrentes que acontecem, têm pessoas que não sabem o quanto pagam por isso”, informou a advogada.
Para evitar os problemas Drumond conta que existem pequenos detalhes para não cair em uma furada. “A primeira coisa que o consumidor deve fazer é ter certeza que ele precisa daquele serviço, porque existem encargos, o banco lucra com os contratos, as pessoas devem ter a plena consciência da taxa de juros que estão contratando, saber no valor da prestação o que é juros e o que é principal, e se existe alguma outra tarifa embutida, essas são as recomendações básicas, se o consumidor sair assinando qualquer documento sem antes analisar esse contrato, ele pode entrar em uma furada” finalizou.
O atendimento aconteceu das 8h às 11h30, mas caso o consumidor não tenha a sua reclamação atendida pelo o seu banco, é aconselhado que procure os Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC) ou a Ouvidoria da instituição. Caso não consiga resolver o problema, ele deve recorrer ao Banco Central do Brasil ou aos órgãos de defesa do consumidor.