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Tragédia na 101: carreta tem 26 multas; uma é por excesso de velocidade próximo ao local do acidente

IMG-20170622-WA0031A carreta envolvida no acidente em Guarapari, na BR 101, que matou 23 pessoas e deixou 13 feridas na manhã do dia 22 de junho, tem 26 multas de trânsito. Uma delas por excesso de velocidade próximo ao local do acidente no dia 15 de abril de 2017, além de quatro por transpor bloqueio policial. A informação é do Inspetor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Wylis Lyra, e faz parte de um relatório técnico que será anexado ao laudo pericial da Polícia Civil. O resultado final sai em 30 dias.

A carreta pertence à Jamarle Transportadora, empresa de Baixo Guandu. O inspetor informou que as infrações são a partir do ano de 2010 e incluem ainda excesso de peso e velocidade, pneus carecas e falta de equipamentos obrigatórios. As multas foram aplicadas também em outros Estados. Em Santa Catarina, região Sul do Brasil, consta uma autuação no dia 21 de abril de 2016 por trafegar com 17 toneladas de peso a mais. Quase três meses depois, recebeu a mesma multa, dessa vez por transportar sete toneladas a mais. Mesmo assim, o veículo continuava rodando. 

“Não sabemos se foram aplicadas ao mesmo motorista. A multa é feita e a pontuação é encaminhada para ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Exceto em relação a transpor bloqueio policial, que é feita pela PRF. Acredito que o processo para essas infrações foram conduzidas e houve a suspensão”.

Entre outras informações, está a de que o veículo utilizava calço (dispositivo de madeira ou ferro) na suspensão traseira para elevar a roda. O peso faz com o veículo fique paralelo ao chão passando a visão de que está vazio ou sem excesso de peso. Isso pode ter sido um dos fatores que ocasionou o acidente.

“Essa e toda alteração precisa passar pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e ter autorização. É feita uma avaliação técnica e identificando que não há riscos nem influência na segurança, ele é liberado. Mas algumas não são autorizadas e acreditamos que isso aconteceu nesse caso”, disse Lyra.

Ainda segundo o inspetor, a fiscalização compete a PRF no caso das rodovias federais, e ao Detran e Polícia Militar no caso das estaduais. O trabalho precisa envolver todos esses órgãos na garantia de que esses veículos não vão circular de forma irregular. “Temos números mostrando que fiscalizamos, mas não temos condições de fiscalizar todos. Esse veículo era preparado para transporte de rocha. Eles precisam seguir uma resolução especifica e passar por adaptação que depois de atualizada consta no documento”, informou.

O advogado que representa a Jamarle Transportadora, Dionísio Balarine Neto, informou que o caminhão foi adquirido em 2014 e que a empresa desconhece as multas. Disse ainda que caso elas tenham sido feitas em anos anteriores, não aparecem no site do Detran ou Polícia Federal.

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