O estivador Vitor Souza Olmo, único sobrevivente do acidente em um navio atracado no Portocel, em Aracruz, teve alta do hospital na manhã desta quarta-feira (25). Após o desmaio, supostamente causado por um vazamento de gazes no porão do navio Sepetiba Bay, Vitor passou a noite no Hospital São Camilo, em Aracruz, mas já foi liberado e está em casa. As informações foram passadas por amigos do estivador.
Outras três pessoas foram vítimas do acidente: Adenilson Rodrigues de Carvalho, 47 anos, Clovis Lira da Silva, 56 anos, e Luiz Carlos Milagres, 64 anos. Os corpos dos portuários foram levados para autópsia no Departamento Médico Legal de Vitória e aguardam os familiares para reconhecimento dos corpos.
O acidente
Segundo o Sindicato Unificado da Orla Portuária (Suport-ES)acidente aconteceu entre 12h e 12h30. As informações iniciais dão conta de que um dos portuários teria descido o porão do navio Sepetiba Bay de barcaça de madeira, mas, ao inalar o gás tóxico, desmaiou e chegou a cair da escada. Os outros colegas foram tentar socorrê-lo, mas acabaram inalando o gás e desmaiando também.
O Corpo de Bombeiros socorreu as vítimas, que foram levadas para o Hospital São Camilo, em Aracruz, mas não resistiram. O presidente do Suport-ES, Ernani Pereira Pinto, lamenta o fato e disse que está cobrando as providências para que as investigações apontem as causas do acidente. “Essa tragédia mostra a necessidade de se ampliar o leque de segurança no terminal, principalmente em porão de navio, um espaço confinado, cumprindo à risca a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário (NR-29)”.
Como tem ocorrido dia após dia, os acidentes se repetem principalmente pela NEGLIGÊNCIA das empresas em capacitar e equipar seus profissionais adequadamente, a falta de análises de riscos, a falta do profissional em segurança do trabalho, a total falta de responsabilidade e respeito com a vida alheia, e esperamos que os responsáveis da empresa e das atividades sejam punidos de maneira exemplar.
Brasil, um dos campeões MUNDIAIS em acidentes e ÓBITOS NO TRABALHO. Triste realidade.