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A vida dos outros!

Cada ser humano é um universo de ideias. As vezes conversamos com uma pessoa que, diariamente estamos com ela, mas não penetramos no seu subconsciente, não temos condições de avaliar que, dentro dela, arde paixões impossíveis de serem imaginadas.

Na noite de 14 de setembro, quando deixava seu turno de trabalho no Hospital das Clínicas, a médica Milena Gottardi Frasson foi assaltada e, o assaltante Dionathas Alves Vieira, 23, dera três tiros em sua direção, sendo que um atingira sua cabeça. Levada ao hospital, morreu no dia seguinte.

A brutalidade da cena provocou um clamor social de grande repercussão, quando a Polícia Civil anunciou que, tudo previa, era um crime de mando. Preso, o assassino começou a falar meias verdades mas, a parte mais importante dessa brutal história da estupidez da mente humana foi a carta que a médica Milena Gottardi Frasson registrara em cartório cinco meses antes de ser assassinada, onde dizia em certo trecho: “… se Hilário Antônio Fiorot Frasson (seu esposo) me matar, eu desejo que minhas filhas fiquem sob a guarda do meu irmão”. Em outro trecho: “Me sinto uma refém dentro da minha própria casa. Está insuportável”. “Tenho medo que essa agressividade verbal se concretize em atitudes. Temo ele tirar sua própria vida e, como vemos em muitos casos, tirar a minha vida também.

Não terá chicana do advogado contratado para defender o mandante da morte de sua mulher, o policial Hilário Antônio Fiorot Frasson, que possa tirá-lo da cadeia. O envolvimento do seu pai, Esperidião Frasson, com 71 anos, como suposto mandante não prosperará, diante dos pontos incisivos da carta de Milena depositada em cartório, não salvou sua vida, mas vai mandar para a cadeia seus bárbaros assassinos.

É doloroso, meio cruel, meio estúpido, a vida dos outros ser envolvida em acontecimentos tão trágicos, virem a público de forma tão inconsequente, tão irresponsável. Imaginemos se Milena não tivesse a acuidade, a sabedoria, diante dos fatos ocorridos dentro do seu lar, premeditado que seu marido fosse capaz de tudo, até de tirar sua própria vida, não imaginando que a ela estava reservada ser a única vítima da crueldade.

A pena de morte será a único “palanque” para ostentar, pela última vez, os protagonistas de crimes hediondos. O que não passará na cabeças dessas crianças, filhas de Milena, até o final de seus dias, que a mãe foi morta a mando do seu próprio pai? Todos responsáveis pelo desaparecimento de Milena não terão descanso, até o fim de seus dias. O tormento mais implacável é o da mente.

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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