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A raça humana

Certa feita escrevi aqui, onde afirmei que não acreditava em nada de sobrenatural (Deus, santos, profetas os mais diversos, alma do outro mundo, mula sem cabeça e espiritismo). Surgiu uma mulher para dizer todos desaforos, até impublicáveis, sobre minha conduta, defendendo um tal de João de Deus, lá de Goiás, que embrulhava tudo que é trouxa com suas idiotices de “operador via espiritismo”, onde veio a falecer, em suas mãos, um grande amigo que, movido pela tragédia de uma leucemia, foi aconselhado a se tratar com o curandeiro, vindo a falecer.

O brasileiro, comumente, lê pouco e fala demais, o que deve e o que não deve. Tenho lido umas asnices sobre escravidão no Brasil, realmente uma tragédia acometida conta aqueles que vieram ajudar no desenvolvimento da economia nacional, principalmente o plantio de cana de açúcar e a fabricação de farinha.

A raça humana é uma só e ela teve como matriz uma negra africana, daí para frente, um negócio de seis milhões de anos, mais ou menos. Roland Oliver, em sua “Experiência africana” – Da pré História aos dias atuais – nos relata: “Parece, em última análise, que todos nós pertencemos à África. O Jardim do Édem, no qual nossos ancestrais se separaram gradativamente de seus parentes mais próximos do reino animal, se situa quase certamente no planalto interior da África Oriental”, ressaltando…” até cerca 1,5 milhões de anos atrás, a espécie humana viveu num Éden que abrangia principalmente as savanas altas entre a Etiópia e o Cabo. A partir deste período, oHomo erectus começou a se espalhar sobre grande parte das áreas tropical e subtropical do Mundo Antigo, desde a África meridional, na direção da Etiópia meridional e da Ásia meridional e do sudeste.

Vários fatores, principalmente a escassez de alimentos e as guerras tribais, por questões eminentemente religiosas, provocaram as diásporas africanas, responsáveis pela povoação do mundo e a multiplicidade de povos os mais diversos, mas sempre, é bom frisar, a raça humana é uma só.

Se o brasileiro médio se interessar realmente pela história, principalmente dos povos africanos, vai entender, lendo “Francisco Felix de Souza” – O Mercador de Escravos, de autoria de Alberto da Costa e Silva, como se processavam os aprisionamentos de africanos feito escravos pelos seus próprios povos, divergentes em termos religiosos e culturais, com objetivo de ganhar dinheiro, exportando-os para variados países, sendo o Brasil, em início de colonização pelos portugueses e espanhóis, depois holandeses e franceses, precisou do braço africano escravizado pelos seus próprios irmãos, sendo que Francisco Felix de Souza, um baiano, foi o maior negociante de escravos do mundo.

Muito importante para conhecer a história e ler o Dicionário da Escravidão e Liberdade, de autoria de Lilia M. Schwarcaz e Flávio Gomes, para não sair dizendo asneiras por aí.

Tenho, entre amigos, numerosos negros. Amigos de verdade. Parem com estúpidas divisões e insinuações que não constroem nada. A raça humana é uma só.

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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