A Ponta da Fruta

Minhas manhãs de sábado dos dias 8 e 15 de julho foram interrompidas pelo bloqueio estúpido da Rodovia do Sol, no trevo de entrada para o bairro de Ponta da Fruta, em Vila Velha.

Seus moradores, à vista complacente da Polícia Militar, fecharam a passagem da Rodovia do Sol, no trevo, impondo aos que têm outros destinos de viagem a percorrerem as ruas de Ponta da Fruta com extensos lamaçais, um negócio de porco, acostumado à lama, não saber qual o local mais propício a tomar banho…

Essa “via crucis” pelo bairro, dentro da lama, dizem os moradores, é para chamar a atenção das autoridades para o estado em que  vivem.

Entendo que, responsável pelo estado lastimável do bairro é exatamente seus próprios moradores. Quem vota três, quatro e até mais vezes em prefeitos ruins, não merece coisa melhor. O protesto não deve ser contra quem passa, que deve ser livre para ir e vir, paga impostos, mora num país onde a Constituição reza que ninguém pode ser tolhido no seu direito de ir e vir, muito menos ser obrigado a andar dentro da lama, quando paga pedágio para andar no asfalto.

Onde mora o prefeito de Vila Velha? Onde fica a Câmara Municipal? Onde estão os locais de “trabalho” dessa gente que não é perturbada por moradores que reclamam melhoramentos?

Como medida de precaução, vou passar agora, aos sábados, pelo menos, com destino ao Sul do Estado, pela BR-101 onde, não tem esse tipo de gente que mora na lama…

Pelo que me consta, nunca, em toda sua existência, Ponta da Fruta foi melhor ou pior do que é hoje. O problema das administrações públicas no Brasil, dos estados, municípios e da própria nação, é o generalizado empreguismo, o bando de gente inútil ganhando sem fazer nada, inteiramente inútil, gerando batalhões imensos de aposentados, ganhando muito mais do que o trabalhador da iniciativa privada, quem realmente promove o desenvolvimento nacional.

Vai para mais de 60 anos que Vila Velha teve prefeitos exemplares, voltados efetivamente para o município. Parece que os moradores de Ponta da fruta devem dirigir  seus protestos a quem os largou na mão e não contra os que pagam pedágio para passar por ali e não merecem serem desviados do seu curso.