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A montanha pariu um rato

por Paulo Cesar Dutra

A conversa do empresário Joesley Batista e o advogado – em verdade uma suruba verborrágica – não passa de uma noitada regada a uísque entre duas pessoas não adeptas a temas literários. O assunto nem deveria vir a público se não fosse por um único fato: inexplicáveis menções ao ex-procurador da República Marcelo Miller. Apenas neste ponto o caso merece análise. Quanto ao resto, bobagens, como aquelas que dizem “Pink e o Cérebro” no famoso desenho.

O assunto divulgado na imprensa mostra que nem o autor da denuncia conhecia direito o que estava gravado na denuncia. E isto deu o maior “cripoco” de vaca desconhecer o bezerro no pasto. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu manter em segredo de Justiça os áudios que revelam conversas do empresário Joesley Batista e seus advogados durante o processo de negociação do acordo de delação premiada fechado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Mas nada é segredo, porque todo mundo já sabe o que está naquela gravação. Manter segredo agora prá que?

Enfim, se a questão é a suspeita relação de um dos principais assessores de Janot, dá pra entender por que ele fez este estardalhaço todo. De fato, jogou uma nuvem de fumaça, turvando a visão da imprensa, atraindo todos para fofocas, enquanto o principal ficaria olvidado. Mas aqui, não. De modo que o principal e único fato a se apurar é qual foi o verdadeiro papel de Janot e de Marcelo Miller nessa história. É a pergunta que todos querem saber, inclusive os ministros do Supremo, que se viram colocados em suspeita indevidamente pela desastrosa apresentação do Procurador Geral. Mais grave que tudo isso, ou tão grave, é Marcelo Bahia Odebrecht dizer que há mentiras aos montes na delação dos funcionários de sua empresa. Não é possível que essa notitia criminis não seja apurada, suspendendo-se imediatamente os termos do acordo.

Ou seja, depois do “furacão” que pegou todos de cuecas e calcinhas arriadas, deixou um rastro trágico a olho nu, a ministra presidente do STF, Cármen Lúcia “pede investigação imediata dos fatos mencionados em áudios da J&F”; o ministro Fachin “retira sigilo do áudio que todo mundo já tinha ouvido”; os caras de paus Joesley e Ricardo Saud pedem desculpas: “O que nós falamos não é verdade” e a tão esperada delação de Lúcio Funaro é homologada. Aguardemos os próximos capítulos, depois do feriado prolongado!

Pó preto é refresco
Para as empresas poluidoras, para o governo do Estado e para o Poder Judiciário o “pó preto” é refresco nas narinas e nos pulmões dos cidadãos da Grande Vitória. Ou seja, cof, cof, cof, ninguém cumpriu as recomendações do Relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pó Preto da Assembleia Legislativa. Prestes a completar dois anos da apresentação do documento, em outubro de 2015, o deputado Gilsinho Lopes (PR) denunciou a omissão generalizada em seu discurso no Plenário da Casa na última terça-feira (5).

PMDB prorroga prazo
O presidente regional do PMDB, deputado federal Lelo Coimbra informa que todos os diretórios regionais foram prorrogados até outubro de 2018. Ninguém quer correr riscos de a convenção do PMDB…

Minha barraca primeiro
A Proposta de Emenda Constitucional – PEC que limita o pagamento de auxilio-moradia no valor R$ 4.377, 00 aos magistrados do Tribunal de Justiça do Espírito Santo – TJES, aos promotores e procuradores do Ministério Público do Espírito Santo – MPES e aos Conselheiros do Tribunal de Contas do Espírito Santo – TCES está dividida entre os parlamentares da Assembleia Legislativa do Espírito Santo – ALES

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