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A falência da política brasileira

Walber Gonçalves de Souza*

Quando um candidato a uma vaga no Congresso Nacional disse que “pior que está não fica”, pelo visto ele estava completamente enganado. Nosso quadro político consegue piorar ano a ano, através de escândalos intermináveis que desonram a classe política do Brasil.

Infelizmente nossa classe política não possui credibilidade, poucos se salvam neste mar de lamas que é a política brasileira. Os poucos que se salvam, na maioria das vezes, preferem o silêncio obsequioso do corporativismo. Assim, de uma forma indireta, acabam contribuindo para a manutenção podre do sistema político vigente. Os que gritam, geralmente o fazem quando são oposição, mesmo assim, usando o jargão popular, “jogando muito mais para a galera” do que propriamente cumprindo com eficácia o seu papel de representante do povo.

Sem medo de errar podemos afirmar que o que estamos presenciando nos últimos anos demonstra claramente que chegamos no fundo do poço, se é que existe fundo do poço na política brasileira! Quando começamos a acreditar que “pior que está não fica” aparece um novo caso aprofundando ainda mais o “fundo do poço”. A corrupção em todos os seus estágios e níveis tornou-se a mola mestra da política brasileira. Uma não existe sem a outra.

Nosso sistema político acabou, vive sua falência moral, ética e representativa. Não consegue mais, se é que conseguiu um dia, cumprir o seu papel de gestor das coisas públicas. Nossos nobres políticos conseguem transformar uma nação tão rica e de inúmeras possibilidades de crescimento em um país de pessoas pobres, tanto financeiramente quanto de “espírito”.

No Brasil há uma ciranda da corrupção, um verdadeiro crime organizado. Nossos políticos beiram a delinquência e criam leis para se protegerem e escolhem seus ditos algozes para criarem um mundo fantasioso do cumprimento das leis. Quando são pegos, descobertos, o são não pelas leis, pois os pareceres dos órgãos competentes sempre aprovam tudo, haja visto que de acordo com os tribunais todas as contas eleitorais estão certas, mas pelas “burrices” e deslizes que cometem, escancarando assim seus atos que demonstram uma índole medíocre.

E a pergunta que fica é: o que fazer, como mudar este cenário? Confesso que queria acreditar em uma luz no fim do túnel, mas ainda não estou conseguindo enxergar. A dita esperança parece estar si ausentando.

O bom seria uma limpeza geral. A população não votar em nenhum dos nomes que lá estão, assim faríamos uma renovação total e quem sabe a esperança ressuscitava. Como na prática sei que isto provavelmente não vai acontecer, a esperança volta a adormecer.

No ponto que chegamos, de tamanha contaminação e aniquilação dos valores políticos, ou começamos tudo de novo, com novos nomes, projetos e regras partidárias e eleitorais, ou seremos como aqueles países que vivem em eterna crise social que nunca deixam a triste e desumana realidade na qual estão imersos.

*Walber Gonçalves de Souza é professor e membro das Academias de Letras de Caratinga e Teófilo Otoni.

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