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quinta-feira, 18 de abril de 2024

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A difícil justiça

Quero confessar minha ignorância, ampla e irrestrita, acerca da Justiça brasileira. Existem nas nossas prisões perto de 1.700.000 presos que cometeram crimes diversos. Desde ladrão de galinha até traficantes e assaltantes de bancos, mas não tem presos que deram bilhões de prejuízos aos cofres públicos, empresários diversos e, de forma surpreendente, até,como os irmãos Joesley e Wesley Batista, premiados num processo de delação premiada por terem gravado uma conversa um tanto ou quanto esquisita com o presidente Michel Temer.

Confesso, também, que não tenho nenhuma preocupação com relação a situação do presidente Temer, se vai ou não ser obrigado a deixar a presidência da República. Minha preocupação maior, como deve ser de milhares de pessoas que têm medo de se expressar é do porque, refinados ladrões são induzidos a fazerem delações premiadas e, enriquecidos pilhando os cofres públicos ou recebendo de forma escandalosa empréstimos de diversos bancos oficiais, fruto de acumpliciamento com políticos, são induzidos a delatarem a torto ee a direito e, pasmem, tomam um jato particular, dos mais modernos e mais caros (Gulfstream Aeroespac G550) com permissão para deixar o Brasil, rumo aos Estados Unidos, onde construíram uma poderosa empresa para processamento de carne e derivados e ficarem ilesos, sem ao menos passarem na porta da Papuda ou outra penitenciária…

Delação premiada para acobertar roubos trilionários? Bandidos delatores da pior espécie? Que diabo de justiça, de legislação é essa que protege, encobre os maiores ladrões do mundo em troca da desmoralização de uma comunidade política que tem um grave defeito: quer se reeleger continuadamente à falta de uma profissão onde possa ganhar a vida de forma decente.

Quem tem competência, poder, capacidade para denunciar possíveis magistrados corruptos? Quem vai examinar a vida pregressa, sei lá, do procurador Janot ou  ministros diversos, magistrados das mais variadas linhas, que estão envolvidos nessa lavação a jato? São muitos?

Um magistrado a quem  considero sério me diz que tudo o que acontece presentemente no Brasil, com esse tipo de processo cabuloso, de se premiar grandes ladrões, através das delações premiadas, é para desmoralizar, apenas, a classe política, que vai continuar se elegendo, porque o eleitor brasileiro é desmemoriado. É a mais cristalina realidade.

Não existem argumentos que me convença que os irmãos Joesley e Wesley Batista, Odebrecht e outros assaltantes de recursos públicos, por serem delatores, mereçam estar soltos, embora paguem imensas fortunas de multa, como o caso dos irmãos Batista que vão pagar 11 bilhões de reais em suaves prestações ao longo de 25 anos. Creiam, não entendo a justiça do meu país, se é que se pode chamar está estultice de justiça.

Uchôa de Mendonça
Uchôa de Mendonça
A partir de hoje, aqueles que desejarem perder seu tempo e conhecer melhor as idéias de Uchôa de Mendonça, irá encontrá-lo por aqui, direto e franco, sempre pela direita e pela frente. Uchôa de Mendonça começou a trabalhar em jornal aos 5 anos de idade, em São Mateus, vendendo o Jornal O Norte, de propriedade do seu pai e, aos sete anos, já trabalhava como impressor e, com dez anos, já escrevia tópicos para a página policial.

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