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6ª Mostra Foco Capixaba exibe força criativa do cinema no ES

A Mostra Foco Capixaba chega a sua sexta edição no 24º Festival de Cinema de Vitória, com o intuito de valorizar a produção audiovisual do Espírito Santo. Neste ano, cinco filmes traçam um panorama da safra recente, com sessão às 20h, no dia 11 de setembro (segunda-feira), no Teatro Carlos Gomes. A entrada é gratuita.

Três ficções e dois documentários vão disputar o Troféu Vitória. A seleção teve curadoria do crítico de cinema André Dib. “O cinema do Espírito Santo se apresenta como um dos mais diversos e interessantes do país. Neste ano, a Foco Capixaba traz curtas movidos não somente pelo simples desejo, mas pela força criativa de realizadores ao olhar para si, para o outro e para o mundo, e com isso expressar ideias próprias, discursos universais e, ao mesmo tempo, particulares”, comenta o curador.

Pesquisador e jornalista formado pela Universidade Federal de Pernambuco, Dib tem textos publicados em diversos jornais, revistas e sites no currículo, além da cobertura de festivais brasileiros e estrangeiros. Realiza curadorias para mostras, consultorias para festivais de cinema e é membro da diretoria da Associação Brasileira dos Críticos de Cinema (Abraccine) e do Congresso Brasileiro de Cinema.

Obras

A paisagem capixaba, normalmente vendida como cartão postal, é também território do desamparo e da mais fria melancolia em “Abissal”, de Paulo Sena, ou colocada em crise e fragmentada na iconoclastia de um humor ácido e impiedoso sobre o vazio existencial, principalmente nas grandes cidades, em “HIC”, de Alexander Buck.

A busca por uma visão menos condicionada surge também em “C(ELAS)”, de Gabriela Santos Alves, sobre mulheres no universo carcerário. Em uma cidade marcada pela violência, como vivem as mães detidas pela lei? Enquadramentos e angulações atípicos recriam tempo e espaço, onde câmera e corpos interagem em permanente negociação.

Em especial, dois curtas trazem reflexões específicas sobre criação cinematográfica. Em “Labor”, de Thiago Moulin, apuro visual e sonoro evidenciam o antigo desejo humano pela organização do mundo em termos de arte e tecnologia. Já em “Câmera Calibre”, de Anderson Bardot, ficção e realidade são igualmente manipuladas como reação à miséria cotidiana a qual nos metemos.

Uma realização da Galpão Produções e do Instituto Brasil de Cultura e Arte (IBCA), o 24º Festival de Cinema de Vitória acontecerá entre os dias 11 e 16 de setembro e conta com o patrocínio do Ministério da Cultura, através da Lei de Incentivo à Cultura, e da Petrobras, com o apoio institucional da Secretaria de Estado da Cultura do Espírito Santo, da Cesan, da Secretaria de Cultura da Universidade Federal do Espírito Santo, do Banestes e do Canal Brasil, e com o apoio da Rede Gazeta, da Prefeitura de Vitória, ArcelorMittal, da Academia Internacional de Cinema, da CiaRio, da Mistika e da Link Digital.

SERVIÇO:

24º FESTIVAL DE CINEMA DE VITÓRIA
De 11 a 16 de setembro
Teatro Carlos Gomes
Entrada gratuita

6ª MOSTRA FOCO CAPIXABA
11 de setembro, a partir das 20h

Lista dos filmes selecionados:

ABISSAL (FIC, 14’), de Paulo Sena. Após o luto, Sofia está represada. Uma nova cor. Tons! Uma nova tela. Cabe um desejo? Em meio ao vazio, a fé precisa estar na arte.

CÂMERA CALIBRE (FIC, 15’), de Anderson Bardot. Pedro é um produtor de filmes universitários. Viado, ansioso e metódico, ele só deseja um set de filmagens tranquilo.

C(ELAS) (DOC, 18’), de Gabriela Santos Alves. Os meses finais da gravidez e os primeiros após o nascimento de um bebê são experiências únicas na vida de uma mulher. E quando esse cotidiano é vivido dentro de uma penitenciária?

HIC (FIC, 14’), de Alexander Buck. Hic é onomatopeia para soluço, e aqui é também um conto de Ori, o Orixá pessoal responsável pela intuição e destino. Nessa incrível jornada um maratonista africano vence a 13ª Maratona Internacional de Vitória quando uma crise de soluço o leva para longe de sua medalha e de seu sonho. O desenrolar dos soluços teleportadores transfigura-se numa alegoria para a condição do negro em nosso mundo. Um curta fantástico sobre empoderamento negro.

LABOR (DOC, 14’), de Thiago Moulin. À frente de uma fábrica familiar centenária, Fábio trabalha duro enquanto projeta seus sonhos numa espécie de mundo paralelo.

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