64,5% das rodovias no Espírito Santo têm deficiência, diz pesquisa da CNT

Na 19ª Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) de Rodovias 2015, 64,5% (1.097 km) da extensão avaliada no Espírito Santo apresentam algum tipo de deficiência, sendo o estado geral classificado como regular, ruim ou péssimo. A pesquisa CNT de Rodovias 2015 percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o país, um acréscimo de 2.288 quilômetros (2,3%) em relação à Pesquisa de 2014.

No Espírito Santo, somente 35,5% (604 km) tiveram classificação ótimo ou bom. A Pesquisa da Confederação Nacional do Transporte percorreu 1.701 km no Estado e, em todo o Brasil, foram mais de 100 mil km avaliados.

Estima-se que são necessários R$ 852,91 milhões de investimentos para a reconstrução, restauração e a manutenção dos trechos de rodovias danificadas.

No pavimento, são consideradas as condições da superfície da pista principal e do acostamento.

Em relação ao pavimento, o estudo classificou como regular ou ruim 58,5% da extensão avaliada no Estado, enquanto que 41,5% foram considerados ótimos ou bons. 52,3% da extensão pesquisada apresentam a superfície do pavimento desgastada.

Nessa variável, são observadas a presença, a visibilidade e a legibilidade de placas ao longo das rodovias, além da situação das faixas centrais e laterais. O estudo apontou que há problemas em 50,8% da sinalização. Em 49,2%, ela é ótima ou boa. Analisando a extensão onde foi possível a identificação visual de placas, 16,9% da extensão apresentaram placas desgastadas.

O tipo de rodovia (pista simples ou dupla), a presença de faixa adicional de subida, de pontes, de viadutos, de curvas perigosas e de acostamento estão incluídos na variável geometria. A pesquisa constatou que 84,2% da extensão das rodovias pesquisadas no Espírito Santo não têm condições

satisfatórias de geometria. 15,8% tiveram classificação ótima ou boa. O Estado tem 92,8% da extensão das rodovias avaliadas na pesquisa de pista simples de mão dupla.

Rodovias com deficiência reduzem a segurança de quem circula por elas, além de aumentar o custo de manutenção dos veículos e o consumo de combustível. No Espírito Santo, o acréscimo do custo operacional devido às condições do pavimento chega a 27,7% no transporte rodoviário.