O aumento da passagem do Sistema Transcol foi anunciado na tarde dessa sexta- feira (12), e já começa a valer à zero hora de domingo (14), quatro dias após uma greve que durou 16 dias, desde o final do ano passado. O valor saiu de R$3,20 foi para R$3,40 de segunda a sexta-feira.
O valor subiu 6,25% no Transcol e nas linhas do Serviço Especiais Seletivo, também tiveram reajuste na tarifa. Os valores das linhas de Vila Velha , Cariacica e Viana que atualmente custam R$5,40 passam para R$5,70. As Linhas da Serra, de R$ 5,90 passam para R$ 6,25 e Jacaraípe e Praia Grande, passam de R$ 6,025 para R$6,60.
De acordo com o Secretário do Estado de Transporte e Obras Públicas, Paulo Ruy Valim Carnelli, no contrato de concessão junta as empresas de transportes, os reajustes da tarifa já estão previsto anualmente e obedecem a uma fórmula de cálculo que leva em consideração custos como mão de obra, combustível e veículos.
Segundo o secretário nos últimos 12 meses, a variação de preços foi de 3% para salário, que foi definido somente depois, de quinze dias de greve dos Rodoviários. Para o aumento foi de diesel 14,91% e 6,61 para veículos.
“O cálculo levou em consideração esses fatores, para que chegássemos ao valor repassado. Considerando que os valores propostos para o ano de 2108, que foi de R$4,0191, porém com o subsídio de R$ 0,6072 conseguimos chegar ao valor repassado”, explicou o secretário.
Para usuário do transporte, Igor Broseguini, 22, o aumento é absurdo. Segundo ele, para quem depende do transporte todos os dias vai ficar pesado no orçamento.
“Acredito que deveria ter sido mantido o valor da passagem. Assim como eu, muitas pessoas estão desempregadas e dependem do transporte. Qualquer reajuste fica difícil para conseguir pagar”, declarou Igor.
Além dos usuários, quem também não ficou satisfeitos com o aumento da passagem foram membros do Conselho de Tarifário da Grande Vitória. Uma delas, Isabella Ferreira, diz que o aumento é abusivo e que o conselho não participou das reuniões para discutir o valor, e que só foram informados dos dados e base de cálculo. “O conselho foi ignorados e desrespeitados, em nenhum momento tivemos acesso à base de cálculo. Apenas tivemos acesso a esses cálculos e dados, mas entendemos que o aumento viola os direitos de todos, que precisam efetivamente do transporte público diariamente”, criticou.