O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, determinou nesta quarta-feira (20) a suspensão da prisão preventiva do ex-governador Anthony Garotinho (PR), apontado como líder de uma organização criminosa.
O ex-governador foi preso em novembro sob acusação de crimes como corrupção, participação em organização criminosa e falsidade na prestação de contas eleitorais entre os anos 2009 e 2016.
Investigações
A Polícia Federal e o Ministério Público Estadual identificaram elementos que comprovam que uma grande empresa do ramo de processamento de carnes firmou contrato fraudulento com outra empresa, sediada no município de Macaé, também no estado do Rio, para a prestação de serviços na área de informática.
“Suspeita-se que os serviços não eram efetivamente prestados e que o contrato, no valor de aproximadamente R$ 3 milhões, era apenas [fachada] para o repasse irregular de valores para utilização em campanhas eleitorais”, diz a nota.
A PF também tinha informações de que o ex-governador cobrava propina nas licitações da prefeitura de Campos, “exigindo pagamento para que os contratos fossem honrados pelo Poder Público do município”. A polícia informou que um ex-secretário municipal, cujo nome não foi divulgado, também foi preso.
Após os procedimentos de praxe, os envolvidos serão encaminhados ao sistema prisional do estado, onde permanecerão à disposição da Justiça.
(Com informações do Estadão e Agência Brasil)