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2º Festival Performe-se traz artistas para Vitória

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Entre os próximos dias 27 e 30 de setembro, Vitória irá sediar a segunda edição do Festival Performe-se. Diversos pontos da cidade receberão os trabalhos de artistas vindos de diferentes estados brasileiros, além de oficinas, mesas de debates e mostra de vídeos. Essa extensa programação contará com cerca de 20 apresentações que acontecerão na Ufes, em espaços culturais e praças do Centro da Capital. Com a temática “Fronteiras Borradas | Fronteiras Erguidas”, o Festival abordará questões que envolvem as facetas sociais brasileiras, como também a condição mundial inflamada pelos conflitos e escolhas políticas ou pela falta de opção. Toda as atividades são abertas ao público (ver programação completa no final da matéria).

A performance é uma expressão artística marcada pelo hibridismo e que combina outras linguagens como o teatro, as artes visuais, o audiovisual, a música e a dança, podendo, em determinados contextos, ser definida como um happening. Trata-se de uma arte que nasce, justamente, do questionamento dos limites e das categorizações presentes no modernismo e que busca abarcar o cotidiano como material de criação. Com a primeira edição realizada em 2015, o Performe-se nasceu para gerar encontros e espaços de compartilhamento de experiências sobre a produção de performance. Para este ano, será tratada a manifestação da performance como uma dimensão da ação viva propondo uma relação entre atravessamentos e obstáculos, entre fronteiras que se diluem e se erguem.

Referências na arte da performance

Além dos trabalhos que foram submetidos à curadoria do Festival Performe-se, o evento contará com a participação de convidados que são destaques na cena artística nacional e internacional. Esses artistas estarão presentes em mesas de debate, palestras, performances e na condução de oficinas. Em sintonia com a temática desta edição, o artista Maurício Ianês desenvolve uma pesquisa que  busca fazer com que o espectador vá além da observação passiva constituindo-se em parte importante da proposta artística. Em seu seu trabalho, ele questiona as linguagens verbal e artística, suas possibilidades expressivas e limites, suas funções políticas e sociais, e, para  isso, prevê a participação do público em suas ações para criar situações de troca onde a linguagem e os seus desdobramentos sociais entram em jogo. Ianês apresentará a palestra-performática “Diálogos” no primeira noite do Festival.

Outro convidado de peso do Festival é Arthur Matuck que conduzirá a palestra-performática “A Patafísica não acabou, mesmo ainda!” e, juntamente com o artista Paulo Ziminian, apresentará a performance “MIGRANTO”, ambas as atividades no terceiro dia do Perform-se. Referência internacional nos campos da pesquisa e criação envolvendo arte, ciência e tecnologia, Matuck é Doutor e Livre-Docente em Artes pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Atua no Brasil e no exterior como professor, pesquisador, escritor, artista plástico, diretor de vídeo, performer, organizador de eventos de telearte e, mais recentemente, como filósofo da comunicação contemporânea e organizador de simpósios internacionais e, em 1990, recebeu prêmio na categoria Vídeo-Arte da Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA).

Uma das organizadoras do Festival De|Generadas e integrante do programa de Artes Visuais do Sesc São Paulo, Suellen Calonga Pessoa é dona de uma produção artística situada a performance e o audiovisual em suportes digitais que atravessa campos multidisciplinares. No Sesc, ela se dedica a acompanhar os processos de curadoria e também pesquisa, organiza e propõe curadorias de projetos em linguagens híbridas, principalmente em performance, e com temáticas em torno das políticas de identidade e gênero.  No segundo dia do Performe-se, ela estará presente na mesa “Performando a Instituição” juntamente com Thaís Amorim, coordenadora do Museu Capixaba do Negro. No último do Festival, Suellen também conduzirá a “Leitura Aberta de Portifólios”.

Professora adjunta e coordenadora do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Universidade Regional do Cariri, Renata Felinto é pesquisadora do grupo de pesquisa Barroco Memória Viva do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista/ SP  e líder do grupo de pesquisa NZINGA – Novos Ziriguiduns Internacionais e Nacionais Gerados nas Artes Visuais. No Performe-se, ela apresentará a performance “Axexê da Negra ou o Descaso de Todas a Pretas que Mereciam Ser Amadas” e conduzirá a palestra “Performar a Vida”. Felinto foi docente na pós-graduação (lato sensu) em História da Arte: da Teoria à Crítica do Centro Belas Artes de São Paulo onde lecionou Arte e Cultura Africana e, atualmente, compõe o comitê científico das revistas Gama, Croma e Estúdio da Faculdade de Belas Artes de Lisboa.

Dono de trajetórias simultâneas no meio acadêmico e campo artístico, Raphael Couto é outro convidado do Performe-se e ministrará a oficina “Performance, Jogo e Política” ao longo dos três dias de Festival. Em seu currículo, constam diversas mostras e festivais pelo Brasil e Argentina, além de ter exibido vídeos seus em diversos festivais e feiras pelo mundo. Como artista-educador, Raphael é professor de Artes Visuais do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e já ministrou oficinas e laboratórios de performance e arte contemporânea para diversos públicos. Ele possui Mestrado em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense (2014), Especialização em Arte e Cultura pela Universidade Cândido Mendes (2010) e Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2007).

A discussão sobre a relação entre o corpo, a performance e o urbanidade está presente no trabalho de Cristiana Nogueira que estará à frente da oficina “Experimentos Urbanos | Limites do Corpo” e também realizará uma performance durante o Festival. Licenciada em Educação Artística pela UERJ e mestre em Arte e Cultura Contemporânea pela mesma universidade, Cristiana é professora do Cursos de Artes Visuais da Universidade Federal do Amapá e já participou de exposições e residências, sendo o mais recente Festival La Plataformance, é organizado o festival Corpus Urbis e coordena o projeto Performance na Praça.

Professora de poéticas visuais nos Cursos de Artes Visuais da Universidade Federal do Rio Grande, Claudia Paim é outra convidada o Performe-se. Ela fará parte, juntamente com o professor e artista Yiftha Peled, da mesa “Performance e Educação” e também apresentará o “Entre Minha Boca e Teu Ouvido”.  Artista e acadêmica, Paim desenvolve pesquisa sobre coletivos e espaço público, performance e corpo, ela possui graduação em História (1989) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestrado (2004) e Doutorado (2009) em Artes Visuais pela mesma Universidade, com estágio doutoral na Universidad Politécnica de Valencia (Espanha) em 2007-2008.

O Festival Performe-se “Fronteiras Borradas| Fronteiras Erguidas” é vinculado à Ufes enquanto projeto de extensão do Departamento de Artes Visuais e conta com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura) através do Edital nº 016 / 2016 – Projetos Culturais Setoriais de Artes Visuais.  São apoiadores do evento o Museu Capixaba do Negro, o Núcleo Afro Odomodê, o Museu de Artes do Espírito Santo e a Casa da Stael.

Serviço:

Festival Performe-se: Fronteiras Borradas| Fronteiras Erguidas

Dias 27, 28, 29 e 30 de setembro de 2017 / Vitória-ES

Locais: Galeria de Arte de Pesquisa e Centro de Arte/ Ufes; Praça Costa Pereira, Praça Ubaldo Ramalhete, Museu Capixaba do Negro, Museu de Arte do Espírito Santo e Casa da Stael.

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