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1º de Abril: você sabe identificar quando mentira é uma doença?

Redação Multimídia ESHOJE

{'nm_midia_inter_thumb1':'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/04/01/70x70/1_injurias-172539.jpg', 'id_midia_tipo':'2', 'id_tetag_galer':'', 'id_midia':'56fe6a99da84b', 'cd_midia':172539, 'ds_midia_link': 'http://www.eshoje.jor.br/_midias/jpg/2016/04/01/injurias-172539.jpg', 'ds_midia': '', 'ds_midia_credi': 'Divulgação', 'ds_midia_titlo': '', 'cd_tetag': '3', 'cd_midia_w': '350', 'cd_midia_h': '210', 'align': 'Left'}Para alguns é só uma brincadeira, que não faz mal ou causa qualquer prejuízo. Já outros são quase que dependentes. A mentira pode ser uma doença. “Meu avô se perdia nas mentiras dele. Acho que a situação foi ficando tão séria que a família passou a considerar uma doença e vejo que ela se tornou algo hereditário: tenho vários casos que identifico, tomando por base o comportamento do meu avô”, relatou a administradora Maria de Paula.
Em recente entrevista a um site de notícias, a psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria do Rio de Janeiro, Fátima Vasconcellos, explicou que mentiras contadas em série configuram doença (chamadas na literatura de mitomania ou pseudolelia).
“O histórico de mentir compulsivo aparece em psicopatas, por exemplo, e diferentemente do que a maioria pensa, psicopata não é somente assassino em série. Existem os psicopatas corporativos, que são aqueles que não têm pudor em cometer todo e qualquer tipo de falcatrua, passam por cima de seus colegas e familiares em prol do lucro pessoal ou da empresa. Existem ainda pessoas que têm transtornos de personalidade antissociais, que mentem para se aproveitar de fragilidades dos outros”.
Um alerta que a profissional faz é que existem os mentirosos compulsivos e os conscientes. No primeiro caso, a pessoa usa de lorota em todas as áreas de sua vida: trabalho, amor, amigos e família. Mente tanto que até acredita em suas mentiras, no mundo paralelo que cria para si. “O compulsivo não sabe se relacionar sem mentira”, destaca. Já o mentiroso consciente sabe que não está falando a verdade. Mente para ter um benefício específico. “Políticos fazem isso em discursos. Prometem o que sabem que não poderão cumprir”, exemplifica.
O verdureiro Carlos Manhães não esconde que de vez em quando falta com a verdade, mas justifica isso como “necessidade de viver bem em sociedade”. “Quando a gente não tem intimidade com uma pessoa e ela pergunta se está gorda, por exemplo, como não mentir um pouquinho? Ou quando atraso no pagamento de uma conta e vou pedir o restabelecimento do serviço minto para solicitar o retorno imediato. São coisas de vida em sociedade que não tem como fugir”, explica Carlos.
As chamadas “mentiras sociais”, nem sempre é para evitar um problema, mas há quem as use para tirar vantagem, como um vendedor. Entretanto, esses tipos de falta de verdade absoluta não se configuram doença, como explica a psiquiatra. “As ‘mentiras sociais’ nem sempre são usadas para o bem. Vendedores de loja usam deste artifício para vender. Mas não é um problema de saúde psíquica caso não traga danos sérios para outras pessoas”, esclareceu.
O tratamento para o mentiroso não é algo fácil, uma vez que ele precisa se assumir assim e buscar ajuda. “O tratamento só acontece caso ele seja preso por isso ou tenha algum impacto muito devastador. Quem sofre mais são as pessoas que convivem com as mentiras”, finalizou a representante da Associação Brasileira de Psiquiatria.
Por que 1º de abril é o dia da mentira?
Muita gente “prega peças” ou conta uma mentira de brincadeira no dia 1º de Abril sem saber como e onde a história começou. Segundo o Almanaque Mundo Estranho, da Editora Abril, a brincadeira surgiu na França, no reinado de Carlos IX (1560-1574), em reação popular a um decreto do rei.
No começo do século XVI, o ano novo era comemorado em 25 de março, com a chegada da primavera. As festas, que incluíam troca de presentes e animados bailes, duravam uma semana, terminando em 1º de abril. Em 1562 o papa Gregório XIII (1502-1585) instituiu um novo calendário para todo o mundo cristão – o chamado calendário gregoriano – em que o ano novo passou para 1º de janeiro. O rei Carlos só seguiu o decreto papal dois anos depois devido à resistência dos franceses, que ignoraram e mantiveram a comemoração na antiga data.
Para debochar do apego aos conservadores adeptos do calendário anterior – apelidados de “bobos de abril” – pessoas enviavam presentes estranhos e convites para festas inexistentes. Com o tempo, a galhofa firmou-se em todo o país, de onde, cerca de 200 anos depois, migrou para a Inglaterra e daí para o mundo.

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