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Sindicato dos médicos do ES pede que médicos não trabalhem na Serra

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O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) fez uma alerta para que profissionais da saúde não aceitem trabalho em unidades de saúde e Pronto Atendimento da Serra. O alerta foi feito através de banners na internet e também outdoors colocados na Avenida Norte-Sul (sentido Laranjeiras e Manguinhos) e na BR-101 (Reta do Aeroporto), no município. Em abril deste ano, ESHoje abordou o assunto relatando que  Cerca de 50 médicos são agredidos, todos os meses, em unidades de saúde.

O alerta diz: “Alerta médicos! A Serra tem o maior número de violência contra médicos do Estado. O Simes não recomenda que médicos trabalhem na Serra”.

Foto: reprodução/Simes
Foto: reprodução/Simes

Segundo o Simes, a Prefeitura da Serra não tem adotado medidas que coíbam a violência e que os médicos estão desassistidos de vigilância patrimonial e armada nas unidades de saúde. Os profissionais são submetidos as agressões físicas, verbais, ameaças de morte e depredação do patrimônio.

De acordo com o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes), pelo menos 12 médicos são agredidos por pacientes por semana, no Espírito Santo, sobretudo nos serviços de saúde de Cariacica e Serra. Em média, de 7 a 12 médicos pedem demissão de  alguma unidade de saúde da Serra.

“Fui agredida a bofetadas no rosto porque me recusei a dar um atestado médico”. O relato é de uma médica que trabalha no serviço municipal de saúde da Serra.

Superlotação nas unidades e segurança patrimonial desarmada são as razões identificadas pelo Sindicato como principais motivadores das agressões – físicas e verbais – sofridas. Os profissionais de saúde acrescentam também a falta de médicos e medicamentos – até os básicos -, estrutura precária como causa de grande parte das agressões.

Informações do Simes dão conta que as unidades com mais denúncias relacionadas a agressões contra médicos são a UPA de Carapina e US de Novo Horizonte, ambas na Serra. “Essas são as unidades com maior recorrência de agressão, invasões e delitos em 2017, embora ocorrências tenham sido registradas em outros locais, como PA de Alto Lage (Cariacica) e Maternidade de Carapina”, indica o Sindicato.

O outro lado

A subsecretária de Saúde da Serra, Cristiane Stem, disse que a Prefeitura tomou conhecimento da ação de ‘alerta’ do Simes pela imprensa e que o município não foi procurado. Comentou que a Secretaria de Saúde está aberta ao diálogo e que já fez contato com o Sindicato para discutirem, nos próximos dias, as acusações sobre falta de médico, agressões, falta de segurança patrimonial e armada nas unidades de saúde, pronto atendimento e maternidade, entre outras demandas.

Cristiane destacou que  o problema da segurança não é exclusivo do município, nem do estado e, sim, nível Brasil. Informou que  a Guarda Armada será ampliada nos próximos dias. O efetivo, hoje, é de 56 guardas. Esse número irá aumentar, mas ela não soube precisar a quantidade porque depende dos candidatos serem aprovados.   Além disso, a segurança dentro das Upas (Unidade Pronto Atendimento) será ampliada.

Sobre o número de profissionais da área médica, ela contou que “foram 88 profissionais contratados este ano. Destes, 43 são médicos. A contratação teve o objetivo de ampliar a demanda de oferta e reduzir o tempo de espera da consulta média”, finalizou.

 

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